terça-feira, 29 de setembro de 2009

BRUTAL

A minha perspectiva está concentrada no título deste post... Brutal! Amei cada segundo, preencheu as minhas expectativas (elevadíssimas!) e posso apenas acrescentar que foi, até à data, o concerto da minha vida. A companhia foi, indiscutivelmente, a melhor mas acrescento um beijinho especial ao meu amigo lindo - a vista "lá de cima" é impressionante e dos melhores momentos que já vivi!! That´s you Babes!, porque sem ti não seria tão perfeito - E foi mesmo. PER-FEI-TO.

Deixo-vos com a perspectiva da BLITZ, um bocadinho mais imparcial que a minha! :D João, fico à espera das obras-primas, vulgo vídeos, realizados pela Tanita! Posta rapidinho!!

Furacão Green Day arrasou com Lisboa esta noite. Muitos fãs em palco ajudaram a fazer a festa que, apesar de tudo, não durou as três horas prometidas.
A parada era alta, as expectativas estavam lá bem em cima, inflacionadas por anos de espera e pelo facto de a banda neste período se ter tornado um dos maiores fenómenos rock do planeta. E que fizeram os Green Day nove anos depois de um concerto no Coliseu dos Recreios? Arrasaram com Lisboa. A nota só não terá sido máxima porque os muitos fãs que acorreram a um Pavilhão Atlântico perto de esgotar gostariam, com certeza, de ter ouvido "Whem I Come Around" ou "Wake Me Up When September Ends" e de terem sido brindados com as três horas de actuação prometidas (ficou-se pelas duas horas e quinze minutos).
Pouco depois da hora marcada o barulho ensurdecedor - revelador da muita juventude que acorreu à chamada - dava as boas vindas a Billie Joe Armstrong e companhia. A grande sala do Pavilhão revelava-se bem preparada e artilhada para receber uma verdadeira descarga punk-rock. "Boa noite, Portugal" foram as primeiras palavras que o mestre de cerimónias articulou antes de começarem as explosões pirotécnicas que engalanariam o espectáculo do início ao fim. "Know Your Enemy", o cartão de visita do novo álbum 21st Century Breakdown , foi o primeiro momento incendiário, como de resto denotavam as chamas que ardiam nos ecrãs que fundeavam o palco. Em modo gutural, "Are you ready?", "Jump" e "Clap your hands" eram as palavras de ordem, seguidas à risca. Enérgico e amistoso, Armstrong passou metade do tempo no palco e outra metade na passadeira que o levava até ao meio do público e de onde recrutou ao longo da actuação vários fãs para se juntarem à banda.
O som esteve sempre no máximo (demasiado alto e distorcido para alguns, no ponto para aqueles que se deixaram abandonar completamente à fúria dos Green Day). Esforçando-se por dar início à digressão europeia com um concerto bombástico, a banda californiana apostou nos excessos e conquistou o público, que reagiu entusiasticamente (leia-se em histeria) a todas as excentricidades do vocalista: ele fez break dance, regou o público com água disparada de bisnagas gigantes, mostrou o traseiro, atirou t-shirts com um mini-canhão... Tudo provas de uma rebeldia contida de quem sabe qual é o seu público e o que fazer para o conquistar.
"Holiday" e "Boulevard os Broken Dreams" recuaram até American Idiot , o álbum que voltou a colocar a banda no centro da acção rock e a resgatou de um período mais discreto. Também do multi-platinado álbum, foi recuperado "Jesus of Suburbia", tema que contou com a ajuda, na guitarra, de um fã com apenas 17 anos.
O calendário andou também mais para trás e "Hitchin' A Ride" partilhou o protagonismo dos momentos altos de Dookie , o álbum que apresentou os Green Day ao mundo, no ido ano de 1994: a fúria adolescente que ainda corre nas veias de Billie Joe Armstrong, Tré Cool e MIke Dirnt foi bem explorada nas pujantes guitarradas do velhinho "Welcome to Paradise", que "colou" com uma curta versão de "You Really Got Me", (Kinks), e num "Longview" cantado a plenos pulmões (e voz afinada) por um fã que provavelmente acabara de nascer quando a canção se ouviu pela primeira vez. Ainda em Dookie , "Basketcase" e "She" foram espantosamente cantados de fio a pavio pela jovem criança que se sentava ao nosso lado. Foi aí que a saudade de "When I Come Around" se fez sentir e o rebuçado que a faria acalmar não chegou.
Antes de a balada "21 Guns" fazer acender muito isqueiros (quase tantos quanto os telemóveis que se alumiaram), Billie Joe Armstrong continuou a prestar vassalagem a alguns dos seus ídolos: cantou excertos de "Break on Through (to the Other Side)" dos Doors e "(I Can't Get No) Satisfaction" dos Rolling Stones. "Minority", um dos momentos mais celebrados e participados, deu início à recta final do alinhamento principal do concerto. "You are so much better than America!", depois de apresentar a banda, foi o grito de Armstrong que deixou o público pelo beicinho. E apagavam-se as luzes.
A continuação podem ler aqui, na Blitz

1 comentário:

João disse...

Depois de ler o teu texto e o da blitz não consigo ter outra palavra sem ser o título do teu texto.o concerto foi BRUTAL!!!! Um dos melhores que já tive!!!